terça-feira, 1 de março de 2011

Chuvoso

Dez horas da noite, em alguma praça na década de 50, um homem vestido de urso dá um discurso para varias pessoas que, estranhamente, são todas conhecidas. Uma sirene toca, todos correm, há um tumulto, abro um dos olhos, desligo a sirene. Estou agora no meio de um teatro, assistindo a apresentação de dança da minha ex-escola, minhas amigas dançam balé, quando mais uma vez a sirene toca, abro os olhos e estou no meu quarto, mais vinte minutinhos... Agora a neve cai enquanto mecho no meu computador, nenhuma novidade relevante sobre o Rock in Rio, nem sobre nada que me interesse no globo.com, apenas as notícias esdrúxulas de sempre, fotos estranhas, e o computador começa a apitar. Olho para o relógio embaixo da minha mão. Estou atrasado, café da manhã pela metade para garantir a primeira aula por inteiro. Quanto de crédito me resta no bilhete do ônibus? Melhor carregar! Pequeno desvio até a banca de jornal, incrivelmente tem troco. Ônibus até o fim da Morato, esperar então pelo 177H ou P. Passa o 701, o 702, o 637G, e mais uma vez esses mesmos, nem sinal dos ônibus úteis. Passam-se mais duas levas desses mesmos ônibus e finalmente vamos para a USP. Olho no relógio, lá se vai a aula por inteiro. Última metade da aula, intersecção de probabilidades, já não vi isso antes? Mais especificamente na P1 de estatística 1? Termina o repeteco, vivência, comentar sobre o jogo, muita chuva pouco futebol. Aula de cálculo, uma hora de cópia do livro, paciência para isso já não existe desde o último semestre. Desisto, vou terminar de abrir minha conta finalmente. Atendimento porcaria do Banco do Brasil, espera, espera e mais um pouco de espera. Uma hora depois, senha 513, sento na mesa. Tirar (mais) cópias dos documentos, espera, espera. Cadastrar primeira senha, espera, não funcionou, mais três tentativas até o êxito final, recompensa, um caderno do ano passado e pagar R$3,00 de manutenção por mês. Celular sem sinal e crédito, se virar para bandejar. Muitas pessoas sem tickets, fila gigante para comprar, zero tickets na carteira, procurar fim da fila, esperar. Esperar. Encontrar amigos, comprar finalmente tickets, comer, mas antes, fila para comer. Voltar para o IME, aula sobre assembly (hein?), sono, muito sono, diamante negro para desviar a atenção do sono. Visitar a sala da admin, muitas pessoas, papel emperrado na impressora, trocaram a senha? Quem? Os técnicos, sem prévio aviso. Correr de volta pra casa embaixo de chuva, mas em boa companhia. Chegar em casa suado e molhado, comer, descansar, verificar e-mails, voltar para a chuva, mais um ônibus, fechar guarda-chuva no momento exato, defendeu a onda. Cobrador metaleiro, curte Angra, mas faz tempo que não acompanha, obrigado pelo elogio, a camiseta não foi barata mesmo. CFC, loira escandalosaburrabonitadoida e veterano na mesma classe. Professor entende de física e química, pelo menos da que ele inventou. Gasolina a 0°K vira gelatina e só queima a -46°C. Força de arraste? Sim, mais fácil arrastar do que levantar. Tempo não passa, ainda falta uma hora, fim da aula mesmo assim, ninguém agüenta. Terminal Campo Limpo (ou não), subir a rua, tudo embaixo de chuva.

Ola família, como foi o dia? Meu dia? No mínimo molhado! Cidade cheia de problemas, loucuras e intempéries... tem seus poréns, não conseguiria viver em outro lugar!


Bjss e abraços, comentem =]

Um comentário:

  1. "Aula de cálculo, uma hora de cópia do livro, paciência para isso já não existe desde o último semestre"

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