Como pode-se perceber, minha inspiração anda meio precária ultimamente. O motivo disso é uma batalha mental épica que está acontecendo na minha cabeça, sobre diversos temas. Isso acontece com certa periodicidade, e não tem data para começar nem terminar. Nem por isso vou deixar de postar algo por tanto tempo, então aqui vai uma short story:
Havia uma garota. Nunca foi a mais popular de sua turma, mas não se importava com isso, pois sabia que tinha bons amigos nos quais podia confiar. Seu objetivo sempre foi viajar o mundo, no alto dos seus 16 anos entediava-se com a vida que levava. Viajar, para ela, sempre foi sinônimo de liberdade, liberdade corporal sim, mas principalmente de pensamentos e de espírito.
Seu grande problema com o mundo sempre foi o modo de pensar das pessoas. Não era uma garota perturbada, mas pode-se dizer que não gostava muito de gente. A medida que conhecia-as sempre terminava se decepcionando, seja pelas atitudes, seja pela filosofia de vida, seja pelo motivo mais impensado. Nunca se acostumou com a diferença entre ela e os outros. Os outros aliás, sempre com seus pensamentos sujos, deturpados e corrompidos. “É tão difícil assim enxergar o melhor a ser feito? Para mim não. Pode ser difícil seguir o melhor caminho, mas certamente todos sabem quando não estão fazendo o certo.”
Seja por essa característica, ou por sua pouca idade, nunca teve um relacionamento sério, leia-se : que durou mais de duas semanas. Para ela, um casal sempre é formado por aquele que “ama incondicionalmente e serve de completo capacho para o outro”, e aquele que “se contenta com a situação, melhor ter alguém para te bajular sempre que você precisar do que ficar sozinha e ter que agüentar tudo por conta própria”. “Amor é uma via de mão dupla sim, uma de total pureza de sentimentos, outra completamente deturpada e corrompida pela fraqueza humana”.
Sua preferência sempre foi pela via “pura”. Deixou-se “corromper” uma ou duas vezes, mas sua honestidade para consigo mesma sempre falou mais alto e ditou o seu padrão de vida: “Busca eterna por alguém que seja, se não exatamente igual, muito próximo de mim”.
Sua mania por semelhanças contrastava um bocado com seu sonho de viajar sempre, “mas não para mim”. “Não é por buscar coisas diferentes que aceito tudo. Preciso conhecer tudo para descartar o que é podre e incorporar o que é bom”.
Tudo que foi dito porém, nunca foi de conhecimento geral. Alguns poucos privilegiados já penetraram, muito superficialmente, em seu mundo, mas mesmo estes, ficariam surpresos ao ler os parágrafos anteriores. “Até que ponto alguém é importante para penetrar meus segredos mais profundos? Até que ponto não me acharia completamente pirada depois de saber meus devaneios?”
Essa é Evey Rios Kaneburn, paulistana, classe média-alta, e alguém de que se vale a pena contar essa história.
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Ok, eu menti parcialmente, não é uma short story, é o início de uma possível história, mas levando em consideração que mudei de ideia enquanto escrevia, não é tão mal assim, é?! Se encontrarem erros por favor digam! E comentários de qualquer espécie são mais do que bem vindos. Ahhh, e se resolver continuar a história, será por aqui mesmo, para "aproveitar" minha falta de assunto.
Bjss abraços e desculpas a todos =P
1- Nome brasileiro Evey?!?!?!?
ResponderExcluirmas ta bm legal o começo, m lembra alguem essa historia
O mundo está mais cheio de Evays do que imaginamos meu rapaz... Pequenas gemas que demoram para ser lapidadas e, por vezes, se o fazemos de forma errada, ficam com saliências grosseiras e afiadas... Por mais que o material seja o mesmo, nem sempre a sociedade tem a destreza de polir uma pedra preciosa da maneira mais acertada...
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