quinta-feira, 7 de julho de 2011

E o que virá?

            Vamos voltar no tempo.

Dois mil e oito, fim do terceiro colegial, época de vestibular. Se alguém me dissesse que em três anos eu estaria fazendo Ciências da Computação, no Instituto de Matemática e Estatística da USP, tocando na Bateria de lá, eu diria que era a maior mentira já contada na história. Agora se essa mesma pessoa me dissesse que, além disso, eu estaria feliz por tudo que acabou me acontecendo incluindo não passar direto na faculdade e não conseguir o meu tão querido curso de engenharia mecânica, eu com certeza a internaria no hospital psiquiátrico mais próximo.
O motivo para eu surgir com esse assunto assim, do nada? Uma conversa um bocado filosófica que tive esses dias com uns bons amigos que me fez pensar, amigos esses que fiz graças ao curso louco que minha vida tomou depois que terminei o colégio.
Na realidade o que mais me intriga nisso tudo, é o fato de que, de tudo que um dia eu planejei para meu futuro, o que realmente aconteceu não daria 5%. E isso de maneira alguma é algo ruim, muito pelo contrário. Só posso concluir que, nossa imaginação para consigo mesmo, no quesito planejamento, é extremamente limitada. Qual a parte boa de tudo isso então? Simples, sempre que você não atingir certo objetivo, por mais que você tente, é porque não era mesmo para acontecer. E isso não aconteceu para trazer infelicidade, por mais que traga no início. Isso ocorreu para que no futuro, algo ainda melhor, inimaginável, pudesse acontecer.
Chata deve ser a vida de quem consegue tudo o que quer com facilidade, até porque, mesmo que você pense estar tudo perfeito, tudo pode ficar ainda melhor. Isso vale também para as partes duras da vida, nunca pense que o fundo do poço chegou, o poço é infinito, tanto para cima, quanto para baixo.
Afinal, meu objetivo é passar uma mensagem (talvez para eu mesmo, até) :
Não gaste tempo pensando no que vai ocorrer daqui a um ano ou mais, fazendo suposições sobre os acasos que irão ocorrer e pensando em como melhorar tudo isso. Passe seu tempo fazendo o melhor que pode hoje e aproveitando tudo que lhe é entregue, pois nunca se sabe se você terá isso novamente. Além disso, seja coerente, não adianta sair e se esbaldar se com isso você estiver garantindo um amanhã problemático, saiba que seus atos tem conseqüências, boas ou ruins, porém imprevisíveis. 

Bjsss e abraços a todos

4 comentários:

  1. Belo post filosófico, Rafa!
    Acho que a maioria do pessoal da sala pensa dessa mesma forma... foi um começo inesperado e um pouco decepcionante, mas que nos trouxe à este presente totalmente gratificante!
    ;)

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  2. É isso aí, a vida sempre cheia de surpresas!
    But just remember: You can't deny your fate. =P

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  3. aaiii que lindo Rafinha!!!!
    Sinto exatamente a mesma coisa... ;D

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  4. Se for assim, o futuro deve estar guardando a oitava maravilha do mundo pra mim, porque nos últimos 12 meses eu sofri umas frustrações bem duras....mas por outro lado, fez-me bem não passar direto na faculdade, e ir estudar na PUC após um ano de cursinho, e não na USP ou Cásper como eu queria...conheci grandes pessoas lá. O destino adora nos pregar peças.

    Por Victor de Andrade Lopes

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