terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rock in Zephyr

MEU DEUS! O QUE FOI ISSO??? ESSE FIM DE SEMANA FOI REAL??? Ta aí mais um dos momentos que colocarei na lista dos duvidosos, junto com mais alguns que ainda não sei se realmente presenciei ou se estava sonhando.
Bom, pra quem não sabe do que estou falando, me refiro ao Rock in Rio 2011. Mais especificamente os dias 24/09 e 25/09. Sabe o que eu vi por lá? Nada mais nada menos que:
- Stone Sour
- Capital Inicial
- Snow Patrol
- Red Hot Chili Peppers
- Angra + Tarja Turunen
- Coheed and Cambria
- Motörhead
- Slipknot
- Metallica

            Em meio a vários momentos épicos, destaco a apresentação do Slipknot, que apesar de fazer um som que não costumo ouvir, teve uma presença de palco monstruosa (em todos os sentidos). Integrantes se jogando na platéia, rodinhas do tamanho do mundo, a bateria virando, entre outros, fizeram do show um espetáculo a parte. Já o Angra fez o de sempre, ou seja, sensacionais. Acontece que dessa vez a Tarja estava lá para cantar apenas 3 canções, 3 canções, porém, que fizeram o show valer muito. Quanto ao Red Hot, destaque especial para o Flea, que além de ser pirado, é um dos melhores baixistas do mundo. Já o Metallica fechou o fim de semana com chave de ouro, com uma apresentação impecável.
            Após sobreviver a todos esses momentos, com os tornozelos inchados de tanto ficar em pé e mais algumas outras seqüelas, deixo aqui um vídeo de Zephyr Song, cantada por mim, para aqueles que sentiram falta dela no show de sábado.



Beijos e abraços a todos, e em 2013 estaremos no Rock in Rio mais uma vez =]

ps: Sim, eu apareci no telão!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Faísca

Seguindo minha completa falta de assunto e minha súbita inspiração, vai a segunda parte da "not so" short story. Talvez ainda existam alguns erros de português pois não revisei incessantemente. Me avisem se encontrarem, e eu vou arrumando.
Comentários são sempre bem vindos.
Beijos e  abraços a todos =]


Era uma terça feira como outra qualquer. Garoa fina, pessoas correndo para ir trabalhar, motos buzinando e passando entre os carros por lugares inimagináveis, nada que não fizesse parte da rotina de Evey. Sete e quinze da manhã, daria tempo mais que suficiente para chegar até a escola que ficava a cinco quadras de seu apartamento. O semáforo para atravessar a rua fechou-se e foi nesse pequeno instante que uma fagulha fez acender e explodir todo TNT acumulado há anos na frágil família Kaneburn. “Quem será que está me ligando essa hora da manhã?”.
- Alô?!
- Evey?!
- Oi mãe, o que foi? Tá tudo bem?
- Você já está na escola?
- Não, acabei de sair de casa! – “Ela me viu saindo!”
- Volte agora!
- Por quê?
- Volte agora, conversamos aqui! – e a ligação foi finalizada.
            Em choque Evey chegou depois de dois minutos e meio na porta de seu apartamento no terceiro andar. “Alguma coisa muito grave aconteceu. Será que a vovó morreu? Ou o Pedro escorregou do terraço? Que nervoso!”. Ela cruzou a porta que já estava aberta, o que não era comum, e já começou a sentir o corpo tremer só de ouvir os gritos que vinham da cozinha.
            - Eu te disse, você não me ouviu, um dia ia acontecer! – berrava a mãe de Evey, Daniela.
            - Eu sempre cumpri meus prazos, não havia motivos para... – tentava responder Peter, marido de Daniela e pai de Evey.
            - Não interessa, ainda por cima não vamos receber a multa por demissão,foi justa causa, justa causa!!!
            - Eles não tinham o direito...
            - Como não?! Justa causa! Quer que eu repita?
            Foi o suficiente para a ficha de Evey cair, e mais que isso, para que um velho “plano de fuga” fosse colocado imediatamente em prática. “Dessa vez o casamento não vai agüentar, não quero estar por aqui quando tudo desmoronar”. Correu para seu quarto mas com o cuidado de não fazer barulho e chamar atenção para sua chegada. Abriu o guarda-roupas e foi pegando tudo que considerava essencial. Como foi dito antes, essa não foi a primeira vez que o plano de fugir de casa passou pela cabeça de Evey. Esse, porém, nunca havia sido um dos motivos para tanto. O motivo porém não era importante para uma fuga previamente calculada, tudo já estava planejado e encaminhado, ao menos em sua cabeça.
            O celular vibrou novamente, era Daniela:
            - Cadê você?
            - Já estou chegando mãe. Parei na... banca, para comprar umas revistas – mentiu Evey “Eu comprando revistas a essa hora da manhã? Ela não deve ter engolido essa.”
            - Venha já para casa!
            - Está bem, já... – E a ligação foi cortada.
            “Tenho que me apressar.”
            Abriu a gaveta de sua escrivaninha e pegou o primeiro papel suficientemente grande que encontrou e começou a escrever uma carta com um lápis que estava por perto.
“Mãe e Pai,

Nunca pensei que esse dia chegaria, ou talvez, nunca pensei que chegaria por esse motivo, mas sinto que não posso mais esperar. Tenho observado o relacionamento e percebi que ele estava à beira de ruir. Tentei dar inúmeras indiretas, mas vocês nunca prestaram atenção.
Não tenho muito tempo então serei breve e, por favor, repassem as mensagens que escreverei aqui ao seus devidos destinatários.
Nem sempre fazemos as escolhas certas na vida. Porem nunca é tarde para voltar atrás e fazer o certo. Esse casamento esta uma bagunça de uns anos para cá, e sei que não só eu percebi isso, mas todos a nossa volta, inclusive o Pedro. Aliás, eu e ele temos sido os maiores prejudicados com tudo isso. Espero que repensem se vale a pena brigar todos os dias só para manter a imagem de casal exemplar, e além disso, pensem em como o Pedro se sente sobre isso, pois fica difícil ignorar as brigas que acordam o prédio inteiro em plena madrugada.
Finalmente, obrigada por me criarem como sou, amo vocês apesar de tudo e serei sempre grata por tudo que já fizeram por mim, mas infelizmente não há mais nada que possa ser feito. Espero que entendam como me sinto.

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Ao Pedro:

Seja forte Pedrinho. Voltaremos a nos ver um dia, isso eu prometo a você. Continue obedecendo o papai e a mamãe, eles sabem o que é melhor para você por enquanto. Não importa o que aconteça siga sempre seus sonhos, e guarde sempre uma boa lembrança da sua irmã, que te ama muito.


            Ao Rodrigo, Ana e Bia:

            Obrigada por fazerem meus últimos 3 anos não tão monótonos e insuportáveis, e por proporcionarem minhas melhores risadas. Prometo entrar em contato com vocês em breve, se prometerem nunca dizerem onde estou sem minha permissão. Não deixem de checar suas caixas de e-mail.


                                                                         Adeus, Evey Rios Kaneburn”


            E foi a partir desse ponto que a vida de uma jovem aparentemente comum tomou um rumo no mínimo diferente do usual.
            Depois de pegar o cartão do pai que estava na carteira, na mesa, na entrada do apartamento, Evey saiu com sua mala a tiracolo “para não voltar mais”. Desceu as escadas já planejando os próximos passos. Por hora, o primeiro destino era a escola.